domingo, 12 de outubro de 2008

Relatório: A Mitose - de Fábio Teixeira


Objectivo

Observar as diferentes fases da mitose.


Fundamentos teóricos

Nos organismos eucariontes, a divisão celular é um processo demorado. Nestes organismos a informação genética encontra-se distribuída por várias moléculas de DNA que, por sua vez, estão associadas a proteínas designadas por histonas.
Cada porção de DNA quando associado às histonas constitui um filamento de cromatina. Embora, na maior parte do tempo estes filamentos se encontrem dispersos pelo núcleo da célula, durante a divisão celular sofrem um processo de condensação e originam filamentos curtos e grossos designados por cromossomas.
Esta condensação resulta da associação entre as histonas e o DNA. O filamento de DNA enrola-se em torno de um conjunto de histonas formando um nucleossoma. Por sua vez, os nucleossomas podem dispor-se de tal maneira que conduzem à formação do cromossoma.
De espécie para espécie vai variar o número e o tipo de cromossomas presentes no núcleo das células, mas em cada espécie são constantes e característicos de cada uma.
Ao processo que permite que um núcleo se divida, originando dois núcleos-filhos, cada um contendo uma cópia de todos os cromossomas e de toda a informação genética, dá-se o nome de mitose.
A esta divisão nuclear segue-se, normalmente, uma divisão do citoplasma, designada por citocinese. Assim, a partir de uma célula-mãe formam-se duas células-filhas, iguais entre si e iguais à célula-mãe.
O conjunto destas divisões celulares permite que, a partir de uma célula inicial, se origine um organismo constituído por vários milhões de células.
Além disso, mesmo depois do organismo estar formado, a divisão celular irá continuar a ocorrer, de forma a renovar ou reparar células que foram danificadas.
Depois de uma célula se dividir, é necessário algum tempo para que esteja novamente pronta para se dividir, reiniciando-se o ciclo celular.
O ciclo celular compreende as transformações que decorrem desde a formação da célula-filha até o momento em que esta mesma célula se divide, constituindo um processo dinâmico e contínuo de mudanças.
No ciclo celular consideram-se geralmente duas fases: a fase mitótica e a interfase.
A interfase está subdividida em três partes: a fase G1, a fase S e fase G2.
Na fase G1 ocorre uma intensa actividade de síntese. São produzidas moléculas de RNA, a partir da informação do DNA nuclear, no sentido de sintetizar proteínas, lípidos e glícidos. Esta fase tem uma duração muito variável, dependendo do tipo de célula. As células de divisão lenta, ou que não irão sofrer mais divisões, entram numa fase G0, onde permanecem longos períodos de tempo, até nova divisão ou ate à sua morte. Por sua vez, as células de divisão rápida entram numa período S.
O período S é caracterizado pela replicação do DNA. Durante este período, cada molécula de DNA origina, por replicação semiconservativa, duas moléculas-filhas idênticas. Às novas moléculas de DNA associam-se histonas, formando-se cromossomas constituídos por dois cromatídeos ligados pelo centrómero.
Finalmente, sucede o período G2, que tem lugar após a replicação do DNA e antes de ter início a divisão nuclear. Neste período, verifica-se a síntese de mais proteínas, bem como a produção de estruturas membranares, a partir das moléculas sintetizadas em G1, que serão utilizadas nas células-filhas. Esta fase irá conduzir directamente à mitose, período durante o qual o núcleo da célula experimenta uma série de transformações, que irão resultar na sua divisão, e permite formar estruturas directamente relacionadas com ela, tais como as fibras do fuso acromático.
A mitose é um processo contínuo embora, geralmente, se considerem quatro etapas: a profase, a metafase, a anafase e a telofase.
A profase é a etapa mais longa da mitose. Nesta fase, os cromossomas enrolam-se, tornando-se progressivamente mais condensados, curtos e grossos. Os centrossomas (dois pares de centríolos) afastam-se para pólos opostos, formando entre si o fuso acromático, o qual é formado por feixes de fibrilas de microtúbulos proteicos. No fim da profase, quando os centríolos atingem os pólos, os nucléolos desaparecem e o invólucro nuclear desagrega-se.
Após a profase decorre a metafase, durante a qual os cromossomas apresentam a sua máxima condensação. Os pares de centríolos estão agora nos pólos da célula. Os cromossomas, ligados ao fuso acromático, dispõem-se no plano equatorial da célula, formando a chamada placa equatorial. Os centrómeros encontram-se voltados para o centro do plano equatorial, enquanto que os braços dos cromossomas se voltam para o exterior deste plano.
A terceira etapa da mitose chama-se anafase. Nesta etapa, dá-se o rompimento do centrómero, separando-se os dois cromatídeos que constituíam cada cromossoma. Esses cromossomas iniciam a ascensão polar ao longo das fibrilas dos microtúbulos. No fim da anafase, os dois pólos da célula têm um conjunto de cromossomas exactamente igual.
E por último, atinge-se a telofase, onde se inicia a organização dos núcleos-filhos. Forma-se, então, um invólucro nuclear em torno dos cromossomas de cada núcleo-filho. Os cromossomas iniciam um processo de descondensação. As fibrilas do fuso acromático desorganizam-se e, desta forma, a mitose termina. Agora, a célula possui dois núcleos.
No entanto, durante as duas últimas etapas da mitose ocorre um importante fenómeno no citoplasma, a citocinese e que consiste na divisão do citoplasma, completando-se, desta forma, a divisão celular, que origina duas células-filhas.

Material

· Microscópio óptico;
· Lâmina, que contém a preparação.

Observação
Profase

Metafase

Anafase


Telofase



Conclusão

Após esta actividade, concluí que a mitose é o processo que permite que a molécula de DNA se replique (o DNA replica na fase S da Interfase), permitindo, assim, a cada célula-filha herdar uma cópia da informação genética, fazendo com que as características de cada célula-mãe se preservem de geração em geração.
Concluí, também, que a divisão celular, para além de permitir o crescimento dos indivíduos pluricelulares, é ainda fundamental na manutenção da integridade dos indivíduos adultos. Um resultado da divisão celular é também a capacidade de regeneração e renovação das células.

6 comentários:

antonio disse...

Espero que tenha lido a introdução que fez, quem a escreveu resumiu bem o processo.
A conclusão está errada. O DNA não se replica na mitose.
O Prof.

antonio disse...

Espero que tenha lido a introdução que fez, quem a escreveu resumiu bem o processo.
A conclusão está errada. O DNA não se replica na mitose.
O Prof.

Anónimo disse...

realmente a conclusão n esta bem feita pois a replicação é no período S que pertence à interfase e não à mitose.

Anónimo disse...

tem mai atenção pá

Anónimo disse...

A mitose é o conjunto de todas as fases, seus otários. Vocês estão a confundir com a fase mitótica. Vocês é que são os bobos. Burros de merda.

Anónimo disse...

não a mitose não é conjunto de todas as fases o ciclo celular divide-se em duas fases:
- interfase
- mitose ou a meiose

só depois da interfase é que vai ocorrer a mitose